18/08/2011

Até onde os jogos violentos influenciam as crianças?

Policiais Militares da 245 Cia PM de Manga, juntamente com o Conselho Tutelar, realizou fiscalização em  em estabelecimentos que exploram jogos.

Jogos, com conteúdo violento, direcionados para um público adulto, estavam sendo jogados por crianças. Os proprietários foram notifificados; Os produtos com teor violento e que fazem apologia a crimes foram apreendidos e encaminhados para apolícia civil para as devidas providências.
Nossos filhos estão aprendendo a matar — e a gostar disso", diz o tenente-coronel reformado David Grossman, ex-professor de Psicologia da Academia Militar de West Point e da Universidade de Arkansas, nos Estados Unidos. Para ele, videogames como o Doom incitam à brutalidade. Usados repetidas vezes, condicionam o jovem a atirar instintivamente.


De fato, os instrutores americanos utilizam há vinte anos simuladores parecidos com esses games eletrônicos para treinar militares e policiais. Segundo ele, foi com essas técnicas de condicionamento que as Forças Armadas fizeram subir o índice de tiros contra alvos humanos desde a Segunda Guerra Mundial. "O treinamento militar é poderoso, e é exatamente isso o que os jovens estão fazendo com esses games", afirma Grossman. "Por natureza, o homem é capaz de morrer por seu país, mas não de matar por ele."

Citada no recém-lançado Mayhem – Violence as Public Entertainment (Brutalidade: a Violência como Entretenimento Público), da filósofa americana Sissela Bok, essa história ilustra o impacto causado pelas imagens eletrônicas na formação de uma criança.  Para ela, um dos efeitos mais dramáticos dessa influência é a dessensibilização — isto é, a indiferença ao sofrimento alheio.

A naturalidade com que a menina aceita a morte por assassinato é um exemplo de vulgarização da barbárie. Depois de fazer jorrar sangue na tela de videogames todos os dias, uma criança tende a achar tudo natural. "Isso é chamado de fadiga da compaixão", explica Sissela. "Trata-se de um estado de espírito que torna possível testemunhar a brutalidade com distanciamento, sem envolvimento."
Fonte:http://www.acemprol.com